quinta-feira, 17 de abril de 2008
E os 2 primeiros Rs??
Como Lutzenberger enfatizou
Mas alguém poderia dizer: “Sim! Mas estamos avançando na reciclagem de alumínio, plástico, papel, etc.” Somos a geração que mais tem reciclado materiais utilizados nas mais variadas formas de objeto de consumo.
Digo-lhes então: “E basta somente isso? Nossa geração inovadora não foi aquela que inventou e incentivou o “descartável” e o “supérfluo”?”. Não fomos nós que inventamos o curso superior de Propaganda & Marketing?
Aliás, eu diria: “Não estaria na hora de deixarmos a reciclagem de lado e pensar de forma mais profunda os outros “erres” da educação ambiental? Parece que os outros “erres” ficam esquecidos nos tempos atuais”.
Bem! Vejamos:
O primeiro “erre” é aquele ao qual devíamos dar importância fundamental em toda cadeia produtiva. Ou seja, vamos “reduzir”. Esta seria a palavra mágica para fazer do planeta um lugar habitável por mais algumas centenas de anos. Reduzir o consumo! Reduzir o desperdício! Reduzir o esbanjamento! Mas aí vem a dúvida: “Será que eu posso viver com um só aparelho de televisão em casa? Ou necessito pelo menos uma no quarto e outra na sala? Será que posso viver com um celular sem câmera? Ou devo comprar um celular com câmera e uma câmera digital para colocar as fotos no “orkut””?
O segundo “erre” seria alternativa essencial para expandir a vida útil dos recursos naturais que sugamos do planeta e que demoraram cerca de três milhões de anos para serem acumulados. Ou seja, vamos “reutilizar”. Este seria o verbo adequado para quem se preocupa verdadeiramente com o futuro. Novamente pode-se perguntar: “Alguém reutilizaria aquela camisa amarfanhada que o irmão mais velho esnobou em muitas festas e baladas? Calçaria aquele tênis demodê que o tio usou duas ou três vezes e abandonou? Usaria aquele antigo celular que, embora não tendo câmera digital, ainda é útil para ligações nacionais e internacionais?”.
E o terceiro “erre”? Por que só nos preocupamos com o terceiro “erre”? Por que queremos somente reciclar? Por que ele é o mais confortável de todos os três? Nele eu continuo consumindo os recursos do planeta e jogando todo o lixo separado para o “catador”. E ele? Que se vire com o refugo por mim descartado?
Que tal este desafio de refletirmos a respeito?
(*) Jairo Brasil é Licenciado e Pós-Graduado
domingo, 13 de abril de 2008
PLUVIÔMETRO CASEIRO
1 – FUNDAMENTOS
A prática mais importante em uma bacia hidrográfica é a medição das chuvas, que se faz rotineiramente, através do pluviômetro. Por sinal, esta é uma técnica usada desde o Egito antigo, para fins de cobrança de impostos sobre as colheitas. Para a agricultura, a chuva é fundamental e podem-se estabelecer facilmente equações matemáticas correlacionando a produção de uma determinada cultura com a precipitação. Para a bacia hidrográfica, as alturas de chuva são importantes para se conhecer a sua capacidade de produzir água, erosão e enchentes.
O pluviômetro é um recipiente que armazena a água da chuva pelo período de um dia. A cada 24 horas, mede-se o conteúdo de água do recipiente e anota-se o resultado para estudo posterior. Os órgãos governamentais usam pluviômetros padronizados. O mais comum no Brasil é o “Ville de Paris”, mostrado na figura abaixo, cujo topo fica a
Principais Características Métricas
Área da superfície de captação ----------à 400 cm2
Capacidade de acumulação do corpo --à 5.000 cm3
Comprimento do aparelho -----------------à
Peso líquido do pluviômetro ---------------à
Peso bruto (embalado) com provetas----à
Capacidade de acumulação em termos de altura de precipitação
Toda chuva possui cinco características: altura, duração, intensidade, freqüência e tempo de recorrência ou período de retorno. A altura é dada em milímetros (mm) e representa o volume de água captada pelo pluviômetro (
200 ml (ou cm3) ¸ 400 cm2 =
A duração da chuva é o tempo usado para a medição da mesma. Se os 200 ml de chuva do pluviômetro “Ville de Paris” fossem o resultado de um dia de espera, sua duração seria 24 h. Esse parâmetro vale para qualquer tipo de pluviômetro. A intensidade refere-se à altura de chuva na unidade de tempo; por exemplo: 0,21 mm/h (5mm/24h) ou 1 mm/h (25mm/24h). Para o estudo da freqüência e tempo de recorrência, deve-se primeiramente ordenar as chuvas em ordem decrescente. A freqüência mede o número de ocorrências das maiores chuvas de cada ano. Se os
2 – COMO CONSTRUIRVisualizar blog
Uma garrafa do tipo PET, de guaraná Brahma (ou similar) de dois litros (
3 – COMO OPERAR
A desvantagem do pluviômetro caseiro de garrafa PET é a sua fragilidade e o seu pequeno peso. O vento forte, por exemplo, pode derrubá-lo ou tirá-lo da vertical, quando tiver pouca ou nenhuma água da chuva em seu interior. Um lastro de cimento na base pode resolver esse problema. Outro ponto a considerar é a evaporação do líquido em seu interior, resultando medidas inferiores. A tampa de uma outra garrafa (sem a tampinha) colocada de cabeça para baixo na boca do pluviômetro, como mostrado na figura ao lado, deve resolver mais este problema. Para que as medições possam ser comparadas às dos pluviômetros tradicionais, restam ainda três outros problemas: altura do solo, cercado e distância de obstáculos. Se possível, a boca deve ficar a
sábado, 12 de abril de 2008
Transgênicos levam mais fome e exclusão à população do campo, avalia ativista
Investir na reforma agrária, na distribuição de terras e no fortalecimento da agricultura familiar como o modelo produtivo que gera mais emprego, é ambientalmente mais sustentável e distribui mais renda são as três propostas alternativas ao plantio de transgênicos no Brasil defendidas hoje (11) pelo representante da campanha Acabar com o Terminator Julian Pérez. “A saída no Brasil é mais evidente do que em qualquer outro país, 70% do que vai para o prato dos brasileiros é produzido pela agricultura familiar. É um sistema que produz mais alimentos para os brasileiros, e não só commodities [bens primários com cotação internacional].” Ao participar do segundo dia da Conferência Especial pela Soberania Alimentar, pelos Direitos e pela Vida, Pérez avaliou que o terminator – tecnologia que altera a semente com a finalidade de gerar plantas estéreis – representa um risco potencial, caso a transgenia seja propagada no mundo. “O agricultor compra a semente, planta e a semente que ele colhe não vai nascer de novo. Um ano após o outro, o agricultor vai ter que estar sempre comprando semente da indústria. O agricultor perde a sua capacidade de produzir e conservar a sua própria semente.” Ele lembra que o terminator foi desenvolvido, inicialmente, nos Estados Unidos, mas que vários países já realizam pesquisas que utilizam a tecnologia para “aprofundar o monopólio das empresas sobre a semente”. Pérez acredita que, de maneira geral, os transgênicos reforçam um modelo antigo de agricultura baseado na expansão da monocultura, na concentração das terras e dos meios de produção e, conseqüentemente, no aumento do preço dos produtos agrícolas. “Apesar desse modelo ser propagado como um modelo que quer combater a fome, o que a gente observa é que a fome tem aumentado no mundo, mesmo tendo aumentado a produção desse tipo de alimento. Os transgênicos foram um revigoramento desse modelo, que vai levar mais fome e mais exclusão à população do campo.” A proposta de interromper a propagação da transgenia deve ser discutida até domingo (13), último dia do encontro, e posteriormente levada à 30ª Conferência Regional da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que será realizada entre os dias 14 e 18 deste mês, em Brasília. “Como no Brasil a relação de forças é desigual, a indústria tem um peso muito maior e é muito mais ouvida do que os movimentos sociais A gente faz um esforço de que pelo menos essa tecnologia terminator, que é um aprofundamento terrível do controle das empresas sobre a semente e da dependências dos agricultores, não seja implementada no país.” Segundo Julian Pérez, a comercialização do terminator é proibida no Brasil pela Lei de Biossegurança, mas um projeto de lei apresentado pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO) prevê a liberação da tecnologia. Dados da campanha Acabar com o Terminator apontam que quatro empresas em todo o mundo concentram 57% do mercado de sementes e que, entre 1994 e 2006, o preço da semente subiu 250%. Da Agência Brasil http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1678103-1935,00.html |